"Na arte, o povo não procura mais consolação e exaltação, mas os refinados, os ricos, os ociosos, os destiladores de quintessências buscam o que é novo, estranho, extravagante, escandaloso. E eu mesmo, desde o cubismo e além dele, eu contentei esses mestres e esses críticos com todas as bizarrices mutáveis que me passaram pela cabeça, e quanto menos eles me compreendiam, mais eles me admiravam.
A força de me divertir com todas essas brincadeiras, com todos esses quebra-cabeças, enigmas,e arabescos, eu fiquei célebre, e muito rapidamente. E a celebridade para um pintor significa vendas, lucros, fortuna, riqueza. E hoje, como o senhor sabe, eu sou famoso, eu sou rico. Mas, quando estou sozinho comigo mesmo, não tenha a coragem de me considerar um artista no sentido antigo e grande da palavra.
Giotto, Ticiano, Rembrandt e Goya foram garndes pintores : eu sou apenas um divertidor do público que compreendeu o seu tempo eexplorou o melhor que pôde a imbecilidade, a vaidade, a avidez de seus contemporâneos. É uma amarga confissão a minha, mais dolorosa do que ela parece. Mas, ela tem o mérito de ser sincera"
(Pablo Picasso, carta a Giovanni Papini, publicada em 1952. Citada in "Découvertes" n°90, 1972, editorial "Picasso pintado por si mesmo." Citado in "Cahiers de Chiré" n°4, 1989, p.354)
A força de me divertir com todas essas brincadeiras, com todos esses quebra-cabeças, enigmas,e arabescos, eu fiquei célebre, e muito rapidamente. E a celebridade para um pintor significa vendas, lucros, fortuna, riqueza. E hoje, como o senhor sabe, eu sou famoso, eu sou rico. Mas, quando estou sozinho comigo mesmo, não tenha a coragem de me considerar um artista no sentido antigo e grande da palavra.
Giotto, Ticiano, Rembrandt e Goya foram garndes pintores : eu sou apenas um divertidor do público que compreendeu o seu tempo eexplorou o melhor que pôde a imbecilidade, a vaidade, a avidez de seus contemporâneos. É uma amarga confissão a minha, mais dolorosa do que ela parece. Mas, ela tem o mérito de ser sincera"
(Pablo Picasso, carta a Giovanni Papini, publicada em 1952. Citada in "Découvertes" n°90, 1972, editorial "Picasso pintado por si mesmo." Citado in "Cahiers de Chiré" n°4, 1989, p.354)
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