terça-feira, 11 de setembro de 2012

Vocação história da Província de São Pedro


Por Dr. Rafael Vitola Brodbeck - Delegado de Polícia
Nossa abençoada terra gaúcha é destinada por Deus a protagonizar uma legítima contra-revolução cultural. Por sua história virtuosa, cumpre ao Rio Grande responder com altivez e generosidade o chamado para cumprir sua singular vocação!

Fundado sobre o vigor apostólico dos jesuítas missioneiros, que não hesitaram em organizar os nativos para sua civilização e para a plantação de valores morais e religiosos autenticamente cristãos, nosso Continente de São Pedro tem diante de si a contemplação de seu passado para melhor conduzir o presente rumo a um futuro onde a Cristandade e os verdadeiros pilares da virtude alicercem o modus vivendi de toda a nação brasileira. Como a batalha de Guararapes formou a civilização brasílica, as guerras nas quais moldamos nossos heróis, por seu sangue, sofrimento, perdas e vitórias, implantaram como que fundamentalmente na alma do gaúcho o desejo de doar sua vida para realizar a missão encomendada pela Providência.

Ainda que com legítimas adaptações ao jeito de ser do campeiro, a cultura reinante no Rio Grande, tipicamente européia, nos forneceu uma ampla formação humanística e católica. Primando pela sacralização das estruturas temporais, tudo remetendo a Deus, a despeito das penetrações ideológicas iluministas, maçônicas e positivistas, que tentaram – infelizmente com algum sucesso – incutir o laicismo, o racionalismo anticristão e o relativismo entre o povo rio-grandense, sempre o espírito de luta, mesmo que por vezes com objetivos equivocados, e o sentimento de defesa da pátria e dos ideais, foram o norte a apontar o caminho por onde nossa raça deveria triunfar. A vontade aguerrida dos farroupilhas, que fundaram seu movimento inicialmente sem pretensões separatistas, e que aceitando, em 1845, submeter-se à Coroa Imperial, não o fizeram por covardia ou rendição, senão com a firme esperança de ter seus objetivos maiores alcançados, deve servir de espelho para que analisemos a atitude de nossa geração. Temos de mirar o heroísmo dos gaúchos que não mediram dificuldades ao defender as fronteiras do Brasil, desde as pelejas pela posse e demarcação do território até a guerra contra o despotismo do cruel ditador paraguaio, Solano Lopez.

Ao lado dos perniciosos ares liberais, ventilados pelo agnosticismo – espécie de ateísmo prático, covarde e sem compromisso – e por todos que se opunham à autêntica Civilização Católica, sobrevivia, no pretérito de nossas plagas, uma inexpugnável mentalidade sadiamente conservadora, hierárquica, e, por isso mesmo, cristã.

Amálgama de indígenas guerreiros e determinados, cultores da liberdade, mas que aprenderam com sabedoria o valor de uma sociedade civilizada; de valentes espanhóis, descendentes de cruzados e cavaleiros andantes, marcados na alma com as glórias da Reconquista contra os mouros; e de intrépidos portugueses que ousaram assenhorear-se dos oceanos para o bem da humanidade, o tipo inicial do gaúcho é vocacionado a protagonizar a batalha pela retomada de valores sagrados, e impregnar com eles todos os aspectos de sua vida.

Da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, há de se ouvir o clarim incitando ao combate... E que todos os que se julgam corajosos ouçam a trombeta sem pestanejar, honrando a tradição de tantos soldados destemidos com os quais presenteamos nosso amado país!

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